ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO EM SAÚDE
ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
061
PIMENTA, Aparecida Linhares. Atenção básica como eixo estruturante do sistema local de saúde de Amparo-SP. Divulgação em Saúde para Debate, Rio de Janeiro, n. 32, p. 36-45, maio 2005.
O artigo refere-se à experiência da reorganização do sistema municipal de saúde de Amparo – SP, tendo como eixo estruturante a construção de uma rede básica centrada nas necessidades de saúde dos usuários. Para isso, investiu-se na construção de espaços coletivos de gestão e em processos de trabalho interdisciplinares através de equipes de saúde da família. Para qualificar a atenção básica, foram implementados dispositivos para acolher a demanda, estimular o vínculo dos profissionais com os usuários e responsabilizar a equipe pela saúde das famílias que vivem no território de cobertura da unidade. Além disso, desenvolveu-se um rico processo de educação permanente, através de várias estratégias, entre elas: elaboração e pactuação de protocolos clínicos e definição de indicadores para avaliar a eficácia das ações.
GESTÃO PARTICIPATIVA
062
VIANA, Andréa Silveira de Assis; ANDRADE, Luiz Odorico Monteiro de. Método da roda na Secretaria de Desenvolvimento Social e Saúde no município de Sobral: um novo agir em gestão de saúde pública. Divulgação em Saúde para Debate, Rio de Janeiro, n. 32, p. 19-27, maio 2005.
O artigo analisa a implantação do Método de Co-Gestão de Coletivos, o Método da Roda. A concepção teórica do método é do Dr. Gastão Wagner de Sousa Campos, em sua obra ‘Um método para análise e co-gestão de coletivos’ (2000). A co-gestão apresenta-se no contexto das práticas de gestão pública como proposta de democratização das relações de poder entre as pessoas. Sua efetividade prática revela-se sob a análise da existência de três componentes: pedagógico, administrativo e terapêutico. O estudo realizado propôs-se a analisar a implantação e o desenvolvimento do método de co-gestão de coletivos ou método da roda na estrutura da Secretaria de Desenvolvimento Social e Saúde de Sobral-CE.
PROMOÇÃO DA SAÚDE
063
DOBASHI, Beatriz Figueiredo; GONÇALVES, Crhistinne Maymone; BARROS, Eugenia Oliveira Martins de; CABRAL, Eunice Rocha Mecelis. ‘Viva seu Bairro’: em Campo Grande/MS a promoção da saúde percorre os caminhos da intersetorialidade. Divulgação em Saúde para Debate, Rio de Janeiro, n. 32, p. 28-35, maio 2005.
A prefeitura de Campo Grande, capital do estado de Mato Grosso do Sul, cumpriu oito anos de gestão do prefeito André Puccinelli, no período de 1997 a 2004, tendo como diretriz principal o desenvolvimento integrado voltado para a qualidade de vida da população. O financiamento viabilizado junto ao BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – possibilitou a concretização de estratégias promocionais de saúde através da intersetorialidade. A mola propulsora desse projeto multissetorial integrado foi a atuação dos agentes comunitários de saúde (cuja cobertura atinge quase 100% da população urbana e rural) e das equipes de saúde da família. A primeira etapa do ‘Viva seu Bairro’ envolveu seis das 32 áreas selecionadas como de risco e beneficiou cerca de 37 mil famílias, quase 20% da população total do município.
SAÚDE DA FAMÍLIA
064
DUARTE, José Enio Servilha; OLIVEIRA, Marilda Siriani de; PADILHA, Roberto de Queiroz; BAAKLINI, César Emile. A gestão municipal e a residência multiprofissional em saúde da família: a experiência de Marília – SP. Divulgação em Saúde para Debate, Rio de Janeiro, n. 32, p. 11-8, maio 2005.
O artigo relata a consolidação da parceria entre Academia e o Serviço na construção do SUS, explicita a priorização da estratégia de Saúde da Família para a transformação do cuidado à saúde e concretiza a orientação da formação de profissionais de saúde para o desenvolvimento de competência, a partir da reflexão sobre a própria prática profissional. A experiência em desenvolvimento em Marília tem produzido impacto significativo sobre a situação de saúde e gerando satisfação por parte das populações assistidas. A constatação desses resultados revela, portanto, a existência de um capital organizativo considerável e acumulações políticas, institucionais e sociais com potencialidades para introduzir mudanças mais permanentes no modelo de Atenção à Saúde.
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
065
CARNEIRO, Ângela de Oliveira; COSTA, Isleide; POSSÍDIO, Lucia Marila de; CAMPOS, Maria Elda L.; SILVA, Tiago Parada C. A vigilância à saúde como proposta de modelo assistencial que reorientou as ações de saúde no município de Juazeiro-BA, 2001-2004. Divulgação em Saúde em para Debate, Rio de Janeiro, n. 32, p. 46-52, maio 2005.
Trata da discussão sobre a operacionalização de práticas da vigilância à saúde na realidade do município de Juazeiro, o que motivou a reorganização, a formação de equipes, o processo de trabalho de cada uma delas, o envolvimento da sociedade nesse processo e algumas questões que mereceram destaques, como ações para redução de mortalidade por causas externas, maternas e neonatais, e a vigilância de doenças endêmicas. Observa-se que a vigilância à saúde vem redirecionando as práticas do município, no entanto, as perspectivas de envolver os diversos atores sociais em propostas que desencadeiem ações intersetoriais de promoção de saúde e melhoria das condições de vida constituem-se como o grande desafio.